Por 8 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar a mulher a interromper a gravidez em casos de fetos anencéfalos, sem que a prática configure aborto criminoso. Durante dois dias de julgamento, a maioria dos ministros do STF considerou procedente ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), que tramita na Corte desde 2004.

O meu comentário terá viés teológico, científico e jurídico. Teologicamente falando, a Bíblia, que é o livro de regra e fé do cristão, não abre mão nem no antigo, nem no novo testamento, para nenhum tipo de aborto. A Bíblia trata o feto como uma pessoa. Deus se fez homem na concepção (Lucas 1:31). O Salmo 139 mostra, de maneira espetacular, que antes da concepção Deus já tinha anotado tudo em seu livro, antes da existência de qualquer parte do nosso corpo (versículo 16b). Deus participou no ato da concepção (versículo 13); Deus me viu na fase embrionária (versículo 16a); Deus participou de todo o desenvolvimento da vida fetal. Dar a vida e tirá-la pertence a soberania de Deus. E como já falamos, todo indivíduo nasce para morrer, seja a um segundo após o parto ou com noventa anos de idade.

Na questão científica, o que precisamos entender é que o bebê no ventre da mãe é um ser independente, está em simbiose com a mãe por questões de nutrientes para o seu desenvolvimento. Na gestação o agente passivo é a mãe, o ativo é o bebê que está dentro dela. É ele que faz cessar os ciclos da mãe, que regula o líquido amniótico, em ultima instância determina a hora de vir ao mundo e está protegido por uma capsula para não ser expulso como corpo estranho. Por outro lado, na análise científica, o que ninguém quer ver e saber – porque isto faz parte de um jogo para aprovar qualquer tipo de aborto no futuro – é que o sofrimento da mulher que carrega por nove meses um bebê anencéfalo não dá para se comparar com o trauma pós aborto que essas mulheres carregam. Podem marcar toda a sua vida por questões gravíssimas na área psicológica e emocional.

Incentivo você a ler a matéria da psicóloga Marisa Lobo aqui no Verdade Gospel.

O sofrimento de uma mulher que dá a luz a uma criança anencéfala pode ser, no máximo, nove meses. Mas o sofrimento de uma mulher que faz qualquer tipo de aborto, pode ser por toda a vida.

Na questão jurídica, aborto no Brasil é crime. Jamais o STF poderia aprová-lo. É o congresso nacional que tem autoridade para legislar. Por fim, na China já se faz aborto para bebês com Síndrome de Down e uma campanha surda para abortar meninas. Daqui a pouco vamos fazer seleção de raça e abortar bebês com qualquer tipo de defeito. Como disse, o espírito de Hitler está no mundo da pós-modernidade. O ser humano está sendo coisificado. É uma “coisa” como qualquer outra coisa que possa ser descartada. Assista o vídeo do voto contrário do presidente do STF , ministro Cezar Peluso. Simplesmente irretocável e sensacional. Convido você também a ler os artigos de Reinaldo Azevedo (colunista do site da Veja) sobre o assunto. É uma paulada nos que defendem o aborto.